O deputado eleito pelo PT de Minas Gerais Juvenil Alves negou qualquer envolvimento com operações ilícitas envolvendo empresas brasileiras. Ele ficou preso durante cinco dias na carceragem da Polícia Federal, em Belo Horizonte, juntamente com outras oito pessoas. Todos foram detidos na Operação Castelhana, na semana passada e são suspeitos de envolvimento em um esquema de fraudes e sonegação fiscal, utilizando empresas na Espanha e Uruguai, abertas em nome de laranjas.

A Polícia Federal ainda tentou a prorrogação das prisões por mais cinco dias, mas a juíza da Quarta Vara Criminal da Justiça Federal, Adriane Trindade, recusou o pedido. Os suspeitos foram liberados ainda na madrugada desta terça-feira. Na saída da carceragem, Juvenil Alves e os outros suspeitos foram cercados pelos jornalistas. Acompanhados de familiares, ninguém deu qualquer declaração.

Eleito com cerca de 110 mil votos, Juvenil Alves é apontado pelo Ministério Público Federal como o comandante do esquema que pode ter causado um prejuízo de R$1 bilhão aos cofres públicos, em sonegação de impostos. Ele passou a manhã inteira de terça-feira descansando em casa e divulgou a nota oficial no fim da tarde.