| 08/12/2006 11h31min
Os problemas de doping no futebol são conhecidos há dez anos. É o que afirma o hematologista e especialista em doping Gérard Dine, que considera lógico o fato de a "Operação Puerto" não afetar somente o ciclismo. As afirmações do especialista aparecem na edição desta sexta do jornal Le Monde, a mesma publicação que nesta quinta-feira revelou que o médico Eufemiano Fuentes teria contribuído para planejar a temporada esportiva 2004-2005 de Real Madrid, Barcelona, Valencia e Betis.
Dine, que participou como especialista nos julgamentos por doping no futebol italiano, disse que suas investigações o permitiram chegar à conclusão da existência de doping medicativo e sanguíneo com provável presença de EPO, e lembrou que, apesar de apenas a Juventus ter sido condenada, inicialmente havia vários clubes implicados.
Outros jornais também tratam hoje do assunto, começando pelo esportivo L'Equipe, que estampa em sua primeira página a manchete "A sombra de um escândalo". Após afirmar que o doping demonstrou não respeitar fronteiras geográficas ou esportivas, a publicação pede uma investigação profunda do assunto, porque o futebol não pode permitir o silêncio ou o imobilismo.
Além disso, a publicação sustenta que estas revelações deixam a Fifa em uma situação constrangedora, já que a entidade se distanciou do restante das federações na luta contra o doping, apesar de vários sinais de alerta, como as transformações físicas surpreendentes de certos jogadores, as tendências ao excesso de medicação e os comportamentos agressivos e desproporcionais similares aos do consumo de testosterona ou estimulantes.
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