| 12/09/2002 12h31min
O presidente norte-americano, George W. Bush, disse na quinta-feira, durante a abertura da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que "uma ação será inevitável" contra o Iraque, a menos que a ONU faça cumprir resoluções relativas ao desarmamento de Bagdá.
Em discurso à assembléia, Bush apresentou uma dura acusação contra o presidente iraquiano, Saddam Hussein, afirmando que ele zombou por uma década de exigências da ONU após a Guerra do Golfo (1991) ao desenvolver armas de destruição em massa. Ele citou os compromissos firmados por Saddam em 91 que ainda não foram cumpridos.
"As resoluções do Conselho de Segurança serão seguidas - a justa exigência da paz e segurança será alcançada - ou uma ação será inevitável", afirmou o presidente. "Se o regime do Iraque nos desafiar novamente, o mundo precisará agir deliberada e decididamente para responsabilizá-lo", compeltou.
Sobre a presença de fábricas de amras de destruição em massa, mísseis e elementos biológicos, o norte-americano disse que o Iraque esconde informações, mantém prisioneiros de guerra e maltrata pequenos povos, além de um "apetite de Saddam por armas de destruição em massa". Bush questionou se ainda faltam provas sobre a produção ilegal do país e disse que a prova concreta disso será um eventual uso, mas isso é algo que precisa ser evitado.
"O regime do Iraque ameaça a autoridade da ONU e a paz", disse ele. No fianl, Bush ainda afirmou que "não se deve duvidar dos propósitos dos EUA."
Antes do norte-americano, o secretário-geral, Kofi Anan, enumerou os conflitos que ameaçam a paz no mundo. Além do Iraque, Anan falou da tensão entre Israel e Palestina, pediu a manutenção da ajuda ao Afeganistão e lembrou das disputas entre Índia e Paquistão pela região da Cachemira.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Lafer, também falou no encontro. Sobre o Iraque, o brasileiro defendeu a posição da ONU como órgão de decisão das medidas. "O exercício pelo Conselho de Segurança de suas responsabilidades constitui a forma de desanuviar tensões e evitar riscos imprevisíveis de desestabilização mais abrangente", afirmou.
Tradicionalmente, o discurso de abertura do encontro é feito pelo Brasil. Lafer ainda comentou que é preciso buscar uma correção das distorções econômicas, buscando um desenvolvimento sustentável e a manutenção dos direitos humanos. As informações são da Agência Brasil e da Reuters.
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