| 20/12/2006 23h10min
A Câmara dos Deputados aprovou no final da noite desta quarta-feira requerimentos de retirada de pauta dos dois projetos que acabam com verbas extraordinárias dos deputados: a verba indenizatória, de R$ 15 mil, usada para gastos nos Estados, e o fim do pagamento de dois subsídios extras por ano (chamados de 14º re 15º salários dos deputados). Com o voto contrário apenas do PDT, os projetos foram retirados de pauta e só serão novamente incluídos em fevereiro de 2007.
Embora tenha havido várias tentativas de votar ainda nesta quarta o aumento dos subsídios parlamentares de R$ 12,8 mil para R$ 16,5 mil (que garantiria uma correção das perdas inflacionárias dos últimos quatro anos), a maioria dos partidos não concordou e a votação do aumento também foi adiada para 2007. Caberá aos deputados eleitos para os próximos quatro anos decidir o percentual do aumento.
No encaminhamento da votação, 14 líderes se manifestaram sobre a repercussão da decisão tomada na semana passada de aumentar os salários dos parlamentares para R$ 24,5 mil e sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o aumento por meio de um ato conjunto das mesas das duas casas.
Atualmente, além do salário de R$ 12.847, cada deputado tem direito a uma verba indenizatória de R$ 15 mil, mais R$ 50 mil para gastar com gabinete, R$ 3 mil para auxílio-moradia, R$ 4 mil para correios e telefones e mais quatro passagens mensais de ida e volta para seu Estado. O que dá, em média, R$ 1 milhão ao ano por deputado.
No Senado, além dos salários, os parlamentares têm a verba indenizatória de R$ 15 mil, auxílio-moradia de R$ 3,8 mil, 11 funcionários comissionados, com um total de R$ 72 mil em salários, 25 litros de combustível por dia com motorista, além de passagens aéreas.
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