A acirrada campanha pela presidência da Câmara dos Deputados chega hoje a Porto Alegre. O candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP) pedirá votos aos colegas da bancada gaúcha na disputa que trava com Aldo Rebelo (PCdoB-SP) pelo comando do parlamento.

A reunião com os deputados federais do Rio Grande do Sul está marcada para as 8h30min no Hotel Embaixador. Às 11h, Chinaglia se reúne com a governadora Yeda Crusius no Palácio Piratini e, às 11h45min, com o presidente da Assembléia, Fabiano Pereira (PT).

Líder do governo na Câmara, Chinaglia ganhou ontem um aliado de peso na briga com Aldo. A bancada de deputados do PMDB decidiu apoiar o petista, que recebeu 46 votos contra 11 de Aldo, atual presidente da Casa. Outros cinco deputados votaram neutro, com o registro de uma abstenção. A reunião teve uma presença de 57 deputados, sendo que seis votaram por procuração.

– O partido está com ele. Chinaglia teve mais da metade dos votos da bancada, que é integrada por 90 deputados – disse o deputado Geddel Vieira Lima (BA).

O PMDB tem a maior bancada da Câmara, seguido pelo PT. Chinaglia, no entanto, provavelmente não deverá ter o apoio de outra grande legenda da Casa, o PSDB. O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) disse ontem que não há "a menor hipótese" de o partido apoiar o petista.

Mesmo com a definição do PMDB e de parte do PSDB, a eleição, marcada para fevereiro, ainda está indefinida. Ontem, antes de o PMDB se definir pela candidatura de Chinaglia, os deputados Raul Jungmann (PPS-PE) e Luiza Erundina (PSB-SP) se reuniram com o presidente da sigla, Michel Temer (SP), para pressionar o partido a apresentar um nome na disputa.

– As candidaturas postas representam a perda de prestígio da Casa, com o enfraquecimento do parlamento. Esperamos que o PMDB tenha candidato próprio para escolher um nome fora dessa patifaria, para que essa Casa deixe de ser o quintal do Palácio do Planalto – disse Jungmann.

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