| 16/01/2007 15h33min
O líder do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato a presidente da Câmara, rebateu nesta terça-feira declarações do atual presidente da Casa, Aldo Rebelo (PcdoB-SP), seu adversário na disputa, segundo as quais o petista estaria negociando cargos e ministérios e troca de apoio na eleição.
– Eu não tenho poder de nomeação, assim como ele também não tem. Não vou entrar neste nível de disputa. Como esses comentários vêm de um sujeito oculto, esse sujeito está trabalhando com irresponsabilidade – afirmou.
Ao ser informado de que não havia sujeito oculto, e que as declarações tinham sido dadas pelo presidente da Câmara, o líder do governo foi contundente:
– Se alguém disse isso, está mentindo.
O petista acaba de participar de duas reuniões: com o líder do PP, Mário Negromonte (BA) e com o líder do PTB, José Múcio Monteiro (PE). Os dois partidos reúnem a bancada na quarta-feira para decidir quem apoiarão na disputa pela presidência da Câmara. Segundo Chinaglia, os líderes disseram que ele estaria com amplo apoio em suas bancadas.
Negromonte confirmou:
– Em consulta informal, a maioria da bancada mostrou que deve votar em Chinaglia.
As bancadas do PMDB, do PSDB e do PR (formado da fusão de PL, Prona e PSC) já declararam apoio ao petista. Perguntado diretamente qual seria o nível de traição nas bancadas em geral, que demonstram apoio agora, mas podem não votar nele na eleição secreta, Chinaglia respondeu:
– As votações de bancada ou são abertas ou secretas. E as diferenças têm sido significativas a meu favor. Eu prefiro acreditar nos deputados e não colocá-los sobre suspeita.
Já sobre a reunião de um grupo de deputados do PSDB, que discute nesta tarde se apóia uma candidatura da chamada terceira via, Chinaglia foi diplomático:
– Respeito qualquer candidatura que seja alternativa.
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