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 | 17/01/2007 17h01min

Cientistas comparam atual gripe aviária com a espanhola

Epidemia deixou 50 milhões de mortos em 1918

Um estudo de um grupo de cientistas do Japão, Estados Unidos e Canadá relaciona os efeitos da epidemia de gripe que deixou 50 milhões de mortos em 1918, com os do variante H5N1 da gripe aviária, doença que, segundo a pesquisa, fará desaparecer comunidades inteiras de seres humanos.

Para desenvolver este estudo, publicado no último número da revista Nature, os cientistas infectaram vários macacos com uma reconstrução do vírus da "gripe espanhola", à qual chegaram através dos genes extraídos de tecidos de algumas vítimas desta pandemia que dizimou a população mundial em 1918.

Os testes confirmaram que a reação selvagem e descontrolada do sistema imunológico dos macacos, que destruiu seus pulmões em poucos dias, era semelhante à ocorrida nas 161 pessoas que morreram desde 2003 por causa da gripe aviária.

– O que vemos com o vírus de 1918 nos macacos infectados é também o que vemos com o vírus H5N1 – afirma o professor Yoshihiro Kawaoka, que faz parte do grupo de pesquisa.

O especialista prevê que esta variante da gripe aviária causará uma pandemia mundial das mesmas dimensões da que ocorreu em 1918.

Os especialistas acreditam que é só questão de tempo para que o vírus sofra um mutação ou se combine com algum outro tipo de variante para exterminar comunidades inteiras, e lembram que, se isso não aconteceu ainda, é porque o vírus ainda não pode ser transmitido facilmente de um ser humano a outro.

– Nossa análise revela potenciais mecanismos de virulência, o que esperamos que ajude a desenvolver novas estratégias antivirais para vencer o vírus e moderar a resposta imunológica – afirma Michael Katze, especialista em microbiologia da Universidade de Washington em Seattle (EUA).

O estudo foi desenvolvido em um laboratório do Canadá com altas medidas de segurança, e teve a participação de sete macacos, que mostraram sintomas em menos de 24 horas e que tiveram que ser sacrificados oito dias depois.

Os cientistas acham que o vírus produz rapidamente algo no organismo hospedeiro que o permite crescer a um ritmo extraordinário, mecanismo que, por enquanto, os cientistas não descobriram.

EFE
 
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