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O presidenciável da aliança governista, José Serra, acusou nesta quarta-feira, dia 25, a Petrobras de cobrar uma taxa de transporte "que não existe'' sobre o gás produzido no Brasil, e defendeu firmemente a administração de preços no setor de combustíveis.
– Quando tem monopólio absoluto, você tem que ter uma certa administração de preços. Esse não é um setor concorrencial nem em escala internacional – disse o candidato, respondendo a pergunta de Tomás Málaga, diretor superintendente econômico do Itaú, durante debate no jornal O Estado de S.Paulo.
– Alguns xeiques se reúnem com mais alguns países e decidem que o preço do petróleo vai subir – declarou. – Não tem cabimento um setor desses ter preços livres e a Petrobras ter o lucro que bem entender, não à custa de produtividade, mas à custa dos consumidores. Então, é um mecanismo de abuso de preços.
Serra extrapolou o exemplo para o segmento de gás e fez uma denúncia de que a Petrobras embute no preço de gás produzido no país uma taxa de transporte que não deveria ser cobrada.
– Cinco sétimos do gás são produzidos no Brasil, inclusive, a Petrobras cobra uma taxa de transporte que não existe, porque (para estabelecer) o preço do gás é considerado o preço do Golfo do México, o qual já incorpora a taxa – disse Serra. – No entanto, para o gás que é produzido aqui dentro, se acrescenta essa taxa de transporte que deve dar uns 350 milhões de dólares, se não me engano, que é simplesmente retirado dos consumidores a partir de uma ficção, de um custo de transporte que não existe – declarou sem especificar o período dessa arrecadação.
Serra vem travando um embate com a Petrobras, presidida por Francisco Gros, durante a campanha eleitoral. O presidenciável defendeu a redução do preço do gás de cozinha e conseguiu que o governo adotasse um valor de referência para o produto. As informações são da agência Reuters.
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