| 02/10/2002 11h54min
O presidente palestino Yasser Arafat (foto) disse na quarta-feira, dia 2, que a nova lei norte-americana, que identifica Jerusalém como a capital de Israel, é uma "catástrofe''.
– A medida é uma catástrofe que muçulmanos e cristãos não deveriam permitir que passasse em branco – declarou Arafat, falando do seu gabinete em Ramallah (Cisjordânia), alvo de sucessivos cercos de Israel. – Jerusalém é algo que diz respeito a toda a comunidade internacional. Peço que o governo e o presidente norte-americano suspendam isso.
O presidente dos EUA, George W. Bush, sancionou na segunda-feira, dia 30, um projeto de lei aprovado pelo Congresso, prevendo que Jerusalém seja identificada como a capital de Israel em documentos oficiais do país. A lei, cujo tema central é o repasse de verbas para o Departamento de Estado, provocou críticas da parte de países árabes e muçulmanos em um momento no qual o governo norte-americano procura apoio para uma eventual ação militar contra o Iraque.
Os palestinos desejam fundar a capital de seu futuro Estado em Jerusalém Oriental, ocupada por Israel em 1967 e anexada em uma manobra nunca reconhecida pela comunidade internacional. Israel considera a cidade como sua capital indivisível. O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, disse na quarta-feira que a lei levava à "destruição dos esforços feitos para recolocar o conflito israelo-árabe em uma rota política apropriada''.
O futuro de Jerusalém mostra-se há muito tempo um grande obstáculo ao avanço das negociações de paz entre israelenses e palestinos, congeladas desde a metade de 2000, pouco antes do começo de um levante palestino contra a ocupação israelense. O governo norte-americano afirmou que a lei não alterava sua postura de exigir que o status de Jerusalém seja negociado. As informações são da agência Reuters.
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