O Milan venceu o Bayern de Munique por 2 a 0 na tarde desta quarta, na Alemanha, e definiu a primeira semifinal da Liga dos Campões: o time italiano enfrentará o Manchester United por uma vaga na decisão. Mesmo em desvantagem após empatar o jogo no San Siro em 2 a 2, o Milan se impôs, jogou como favorito e garantiu a vitória ainda no primeiro tempo, e tornou-se a única equipe italiana viva na competição.

Os alemães não perdiam em casa pela Liga dos Campeões desde 3 de novembro de 2004, quando caíram para a Juventus, outro time italiano. Para superar o favoritismo do time da casa, o Milan contou com Kaká, autor de passes importantes, além de Inzaghi e Seedorf, autores dos gols rubro-negros.

Motivado pelo bom público presente no Allianz Arena, o Bayer começou melhor no jogo. Após algumas tentativas desperdiçadas, os alemães chegaram com perigo aos sete minutos. Van Bommel arriscou o cruzamento pela direita, a bola vai alto e pára com Lell na esquerda. De primeira o jogador emendou o chute por cobertura e, com Dida batido no lance, Oddo salvou em cima da linha.

O Milan não conseguia se aproximar da área e tinha dificuldades em manter a posse de bola. Melhor para os mandantes, que seguiam perdendo boas chances de abrir o placar. Aos 12, após troca de passes nas laterais, Podolski dominou a bola e chutou forte de fora da área, obrigando Dida a fazer boa defesa.

Contraditoriamente, o Milan abriu placar em um dos momentos em que não conseguia esboçar reação. Em um lance de superioridade técnica, Kaká recuperou a bola após erro na saída de bola da defesa alemã e encontrou Seedorf na entrada da área. Aos 26, o holandês cortou a marcação de Lúcio e bateu cruzado para dentro da meta de Kahn.

O gol foi uma ducha de água fria para as pretensões alemãs. E o baque voltou a pesar contra cinco minutos depois, quando o Rubro-negro ampliou em um lance de extrema genialidade. Jankulovski retomou a bola no meio-campo e tocou curto para Gattuso. O volante encontrou Seedorf, que tocou de calcanhar para Inzaghi, à frente da defesa, driblar Kahn e chutar para fazer o segundo gol do jogo.

A partir daí a partida mudou de panorama no Allianz Arena. Os italianos esbanjavam qualidade e apareciam com maior freqüência no ataque, enquanto o Bayern não demonstrava o menor esboço de reação. A superioridade era tanta que o Rubro-negro desperdiçava boas oportunidades. Aos 44, Kaká tocou para Inzaghi, mas o atacante, mesmo livre de marcação, devolveu a bola ao brasileiro, que finalizou em cima da defesa.

Na volta do intervalo, o Bayern corria atrás dos gols que poderiam lhe garantir sobrevida. O Milan, administrando o resultado, explorava os contra-ataques. Van Bommel perdeu quatro chutes de frente ao gol, todos com perigo, mas nenhum que exigiu boa defesa de Dida, a não ser aos 17, quando o brasileiro saltou e conseguiu espalmar.

Pelo lado italiano, Seedorf e Inzaghi deixaram o campo e a responsabilidade de guiar o Rubro-negro caiu sobre Kaká. Aos 20, mais uma vez o ex-são-paulino exibiu sua técnica ao passar por dois marcadores, Lell e Van Buyten, e chutar forte para excelente defesa de Kahn. Foi a única chance de perigo do Milan em toda a etapa final. Enquanto isso, o Bayern via Salihamidzic arriscar um chute, a defesa desviar e Pizarro finalizar em cima da marcação, aos 21, selando a derrota alemã.