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O presidente do Iraque, Saddam Hussein, afirmou que a população do país estava ainda mais determinada a resistir a qualquer investida dos EUA depois de ter aprovado por unanimidade, em um plebiscito, a permanência dele no poder. Em seu primeiro pronunciamento desde o pleito de terça-feira, dia 15, que deu a Saddam um novo mandato na Presidência, o ditador iraquiano disse a altos assessores que as ameaças dos EUA haviam alimentado um resultado que mostrava ao mundo a unidade entre a liderança iraquiana e seu povo.
– Depois do plebiscito, os iraquianos estão mais confiantes no futuro e estão mais prontos para lutar se Deus assim o desejar – declarou na quarta-feira, dia 16, Saddam ao Conselho do Comando Revolucionário, segundo jornais controlados pelo governo. – Sim, a provocação (dos EUA) teve sua influência.
Os resultados oficiais, não confiáveis segundo os EUA, mostraram que todos os 11,5 milhões de eleitores do país votaram "sim'', aprovando um novo mandato para Saddam, no poder desde 1979. O vice-premiê iraquiano, Tareq Aziz, afirmou na mesma reunião que o Iraque havia se sentido ofendido pelas ameaças norte-americanas.
– A postura dos EUA criou uma reação inesperada entre os iraquianos. Todo dia eles (os americanos) repetem: 'Nós desejamos atacar o Iraque'. E os iraquianos se perguntam: 'O que eles querem de nós?'.
Saddam deve renovar seu juramento de posse nesta semana. O presidente dos EUA, George W. Bush, acusa o dirigente iraquiano de desenvolver armas de destruição em massa (químicas, biológicas e nucleares) e deseja tirá-lo do poder. O Iraque nega possuir tais armas. Neste momento, norte-americanos e britânicos tentam convencer o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a aprovar uma resolução autorizando o uso da força no Iraque. As informações são da agência Reuters.
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