| 30/04/2007 10h38min
Terceiro lugar no quadro geral, brigando de perto com a delegação cubana, tradicional vice do torneio. Esta é a meta do Brasil para os Jogos Pan-Americanos do Rio, em julho. Responsável pelo comando da delegação, o chefe de missão e coordenador técnico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marcus Vinicius Freire, tem seguido de perto a preparação em todas as modalidades no país e até espionado alguns adversários. Munido destes dados, ele aposta em boas surpresas para o país na capital fluminense.
Além das esperadas medalhas em esportes tradicionais como judô, vôlei, basquete e ginástica, Freire acha que alguns coadjuvantes olímpicos podem fazer bonito este ano. Não apenas pelo apoio da torcida local, mas, principalmente, porque pela primeira vez o país contou com recursos financeiros estáveis para todo um ciclo de preparação.
Em 2002, após a regulamentação da Lei Agnelo-Piva, as Confederações Brasileiras passaram a receber parte da renda das loterias federais. Com a conquista da sede dos Jogos Pan-Americanos, a ajuda passou a incluir também isenções fiscais para a importação de artigos esportivos e a contratação de técnicos estrangeiros.
Depois de tantas mudanças na situação, o dirigente não tem dúvidas, os Jogos do Rio serão um verdadeiro teste para o Brasil mostrar o verdadeiro patamar esportivo que conseguiu alcançar.
– (o resultado) Vai ficar mascarado? Lógico, porque vamos estar aqui e é óbvio que deveria ser melhor que se estivéssemos jogando na Argentina. Mas vai ser esta a fotografia.
Estruturalmente, o país também terá a oportunidade de mostrar suas fichas para a candidatura como sede dos Jogos de 2016. Ex-atleta olímpico, foi medalha de prata com a seleção de vôlei em Los Angeles/84, Freire acredita que o nível de organização do Pan credencia o sonho olímpico pela qualidade das instalações e pelo comprometimento com o projeto.
Responsável pela chefia das missões nacionais desde Winnipeg-99, ele não tem dúvidas: o Pan qualifica o país para os Jogos Olímpicos.
– A Vila Pan-Americana é de nível olímpico – destaca, comparando com a situação no Canadá onde as delegações foram distribuídas em instalações adaptadas.
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