Altos oficiais da Venezuela exortaram as Forças Armadas e a população do país a desconhecerem o atual governo. Os 15 oficiais, a maioria sob julgamento marcial por participar no breve golpe contra o presidente Hugo Chávez em abril, fizeram estas declarações em um pronunciamento transmitido por uma rede privada de televisão.

No documento, os militares também exigem a renúncia imediata do presidente da Hugo Chávez e a "relegitimação dos poderes públicos". Os oficiais convocaram a população a declarar "desobediência civil" contra o que descrevem como um governo "autoritário e ilegítimo".

– Nos declaramos em desobediência e convocamos o povo venezuelano a apoiar esta medida e instamos a tropa, suboficiais, cades, oficiais e almirantes, a se juntarem a esta ação - disse o porta-voz dos militares, general Enrique Medina Gómez, ao ler o manifesto do grupo de 14 militares rebelados.

O anúncio veio após uma greve nacional de 12 horas realizada nessa segunda, a terceira em dez meses contra o governo de Chávez. Os organizadores informaram que adesão foi de 85% da população, mas o governo insiste em dizer que não passou de 10%.

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou, também nesta terça, que dois homens armados detidos nas cercanias de uma manifestação oficialista pensavam em matar o presidente. Com informações da agência Reuters.