| 26/10/2002 17h57min
Israel reforçou neste sábado, dia 26, a ocupação de Jenin, varrendo a cidade da Cisjordânia em busca de militantes responsáveis por atentados suicidas. A ação acontece ao mesmo tempo em que uma missão diplomática de paz dos EUA foi encerrada sem surtir efeitos.
Testemunhas palestinas disseram que o Exército israelense prendeu 11 pessoas em Jenin. O Exército afirma ter detido seis palestinos. Centenas de soldados, apoiados por tanques e blindados, entraram na cidade invadindo edifícios, fazendo buscas em casas e impondo toque de recolher. A operação, batizada de Vanguarda, foi recebida a tiros por palestinos armados e motivou críticas da União Européia, que exigiu moderação.
Os chefes militares israelense disseram que a incursão vai durar o tempo que for necessário para capturar os militantes que participam do levante pela independência com ataques suicidas como o que matou 14 israelenses num ônibus na segunda.
A violência lançou para segundo plano a visita de dois dias a Israel e aos territórios palestinos do enviado dos EUA, William Burns. Ele viajou à região para apresentar um plano de paz americano com base num discurso feito pelo presidente George W. Bush em junho. A proposta de Washington, apoiada por Rússia, ONU e União Européia, pede o fim da violência, reformas administrativas palestinas e retirada militar israelense de cidades ocupadas, levando a um acordo final com a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na faixa de Gaza em 2005.
Os líderes israelenses dizem que o plano não traz garantias de segurança ao país. Já os palestinos criticaram a proposta ao dizer que ela precisa contar com cronogramas rígidos e mecanismos para garantir a implementação daquilo que for acertado. Com informações da agência Reuters.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.