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Militares e civis protestam contra Chávez em Caracas

Grupo promete permanecer concentrado até renúncia do presidente venezuelano

Uma semana depois que 14 oficiais das forças armadas da Venezuela incitarem à desobediência em protesto contra o governo de Hugo Chávez, mais de cem militares se uniram nesta terça, dia 29, ao grupo e à multidão de civis que mantêm vigília na praça Altamira, em Caracas, capital do país. Militares e civis prometem permanecer concentrados até a renúncia de Chávez.

Munidos com bandeiras da Venezuela, os manifestantes civis permanecem dia e noite na praça desde 22 de outubro, quando os militares convocaram a população à insubordinação. De acordo com a imprensa local, 120 oficiais e soldados das forças armadas aderiram ao movimento de "desobediência legítima" dos oficiais que no dia 22 de outubro declaram desconhecer o "regime autocrático e ilegítimo" de Chávez.

Nos últimos dias, começaram a chegar à Praça Altamira – declarada território livre da força armada nacional – oficiais e soldados, que, exibindo seus uniformes e galões, sobem num palanque para proclamar sua adesão ao movimento rebelde e pedir a renúncia do presidente.

Chávez qualificou os insubordinados de "golpistas", ressaltando que a maioria deles está sob investigação por ter participado do falido golpe de Estado de abril passado, que o afastou do poder por 48 horas. Ao mesmo tempo em que aumenta a adesão à insubordinação militar, os comandantes do exército, aviação, armada e guarda nacional e os chefes militares das guarnições de todo o país proclamaram separadamente seu apoio e lealdade ao presidente, assegurando que respeitam a ordem constituída.

 
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