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O governo de Israel assegurou aos Estados Unidos nesta sexta-feira, dia 1º, que a adesão de partidos de extrema direita não significará a adoção de medidas radicais, o que poderia prejudicar os planos norte-americanos de uma possível guerra contra o Iraque. O ministro Danny Naveh disse que o premiê Ariel Sharon começará no domingo a montar seu novo governo, depois da debandada do Partido Trabalhista, na quarta-feira, por uma discordância quanto ao financiamento das colônias judaicas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Sharon deve convidar para o gabinete partidos ultranacionalistas, que defendem uma ação militar dura contra a rebelião palestina. Mas Naveh, da direita do partido Likud (de Sharon), disse que o novo governo será moderado, como querem os Estados Unidos. Segundo o jornal Yedioth Ahronoth, Sharon já avisou a Washington que continuará comprometido com a proposta norte-americana de paz, que inclui a criação de um Estado palestino.
Entre os palestinos, foi mal recebida a indicação do general da reserva Shaul Mofaz para o cargo de ministro da Defesa. Mofaz defende a expulsão do presidente Yasser Arafat da Cisjordânia e já disse que a Autoridade Palestina "está infectada de terror da cabeça aos pés.'' Os palestinos e entidades de direitos humanos acusam Mofaz de cometer crimes de guerra ao comandar ações militares contra os palestinos.
Se não formar um governo com a direita, a outra alternativa de Sharon seria convocar eleições antecipadas. O premiê conta com boa aprovação popular, mas dificilmente estaria disposto a enfrentar o ex-premiê Binyamin Netanyahu na convenção do partido Likud. O prazo para a realização de eleições é outubro de 2003.
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