| 05/11/2002 08h38min
Israel realizará eleições antecipadas, provavelmente no começo de fevereiro, segundo decisão do primeiro-ministro Ariel Sharon, que não conseguiu formar um novo gabinete de extrema direita. O anúncio foi feito na terça-feira, dia 5, pelo presidente de Israel, Moshe Katzav, horas depois de uma reunião organizada às pressas com Sharon na residência presidencial.
De acordo com Sharon, seu desejo de manter um ''relacionamento especial'' como os Estados Unidos foi o principal motivo para não forçar uma aliança com partidos ultranacionalistas em seu governo de minoria. Israel mergulhou em uma crise política na semana passada, depois que o Partido Trabalhista, de centro-esquerda, abandonou o "governo de união nacional'' por discordar da forma de financiamento aos assentamentos judaicos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
A última eleição geral em Israel aconteceu em 1999. Em fevereiro de 2000, Sharon foi eleito numa votação direta para primeiro-ministro, sistema que já foi abolido. Sem o apoio trabalhista, Sharon tentou aliciar um partido de extrema direita, o União Nacional – Yisrael Beitenu, para reconquistar a maioria no Parlamento. Sozinho, o partido Likud, de Sharon, tem só 55 das 120 cadeiras. Uma vez que o Parlamento for dissolvido, o governo de Sharon adquirirá um caráter interino, e nenhum de seus membros pode deixar o gabinete até a votação.
Na segunda-feira, o governo minoritário de Sharon havia sobrevivido a uma moção de desconfiança no Parlamento, no mesmo dia em que um novo atentado palestino matou duas pessoas perto de Tel Aviv. Os palestinos viam o governo de direita com receio, por considerar que a partir de agora a ação militar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza seria ainda mais dura. As informações são da agência Reuters.
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