| 07/11/2002 14h48min
A reunião convocada pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para discutir a formação de um conselho de desenvolvimento e o embrião de um pacto social reuniu nesta quinta, dia 7, mais de cem participantes, entre empresários, representantes do sistema financeiro, dos trabalhadores e de entidades civis. A reunião foi aberta pelo presidente do PT, José Dirceu, e o coordenador da equipe de transição de Lula, Antônio Palocci.
Participantes da reunião relataram que Palocci apresentou um esboço do que será o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), fórum que deve conceber o pacto social. O conselho poderá ter entre 50 e 60 pessoas, representando entidades empresariais e sindicais e personalidades da área social. O conselho, que será consultivo, só será criado após a posse de Lula, será vinculado à Presidência da República e trabalhará durante os quatro anos do governo petista. As decisões tomadas pelso integrantes serão as bases e consensos mínimos para as reformas trabalhista, previdenciária, política, agrária e tributária.
Ao deixar o encontro, Lula afirmou que só irá convocar o conselho para tratar de assuntos relevantes, a fim de preservar a importância da entidade. Os encontros serão convocados pelo presidente, mas os conselheiros podem sugerir ao governo a convocação de reuniões. Segundo o presidente eleito, cada possível conselheiro irá receber documentos sobre o pacto social proposto e sobre o que será o conselho. Ele adiantou que o grupo não irá esperar a posse – marcada para 1º de janeiro – para comçar a trabalhar. Neste dia, disse Lula, algumas medidas já devem estar encaminhadas.
Em pronunciamento, Lula afirmou que pretende despertar a esperança e a participação do povo. O presidente eleito disse que tem ouvido nas ruas que as pessoas afirmam que querem participar, ajudar.
– Em nenhum momento da minha vida fui tomado com o otimismo que estou hoje, afirmou.
O empresário Jorge Gerdau Johanpetter, do grupo Gerdau, e o presidente da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira, defenderam que o CDES deve reunir um grupo menor do que o proposto pelo PT, trabalhando com subsídios de subcomitês.
Com informações são da Agência Reuters.
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