| 19/06/2007 11h35min
Após a violência sofrida por alguns torcedores do Grêmio na Argentina, a Brigada Militar está atenta para que não haja revide contra os torcedores do Boca, nesta quarta, na decisão da Copa Libertadores da América, entre Grêmio x Boca Juniors, às 21h45min, no Estádio Olímpico. Em uma reunião realizada nesta segunda no Hotel Ritter, em Porto Alegre, ficou definido como funcionará o esquema de segurança.
A operação contra o revide aos maus tratos recebidos por gremistas antes e depois do jogo de Buenos Aires começará a 649 quilômetros de Porto Alegre, em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Os cerca de 30 ônibus de excursão com hermanos rumo ao Olímpico encontrarão lá o primeiro filtro antiviolência: o secretário-adjunto de Segurança, Ademar Stocker, foi enfático ao prometer reter quem não tiver ingressos.
– Não poderão entrar no Brasil – avisou Stocker.
Depois de Uruguaiana, os argentinos que se dirigirem a Porto Alegre de ônibus encontrarão pelo menos quatro barreiras antes do Olímpico. As excursões serão escoltadas a partir de Charqueadas, a 55 quilômetros da Capital. Depois, no posto do ICMS, na entrada de Porto Alegre, a Polícia Rodoviária Federal passa o comboio para os cuidados da Brigada Militar. Haverá ainda uma nova parada no Parque Maurício Sirotsky. De lá, os torcedores tomam o caminho do estádio.
Quem vier em um dos cinco vôos fretados será conduzido direto do setor de imigração para o estádio em ônibus, sem nem passar pelo saguão do aeroporto Salgado Filho. Enquanto isso, a Capital da decisão vigia eventuais desordeiros com o dobro de policiais nas ruas. A Brigada Militar está tão concentrada no evento que vai suspender os serviços administrativos durante o dia e liberar 400 homens para o esquema de segurança à noite. O total envolvido, só na cidade, será de 1.042 policiais.
O trabalho não termina com o apito do juiz. Quem comemorar o título, o fará sob intensa vigilância. Além do policiamento dentro e fora do estádio, os brigadianos cuidarão do deslocamento das equipes, das torcidas e dos pontos de concentração de quem assiste pela tevê, como os freqüentadores dos bares da Avenida Goethe e da Cidade Baixa. Nem a Internet, por onde torcedores propagavam ameaças aos adversários, escapou às atenções.
– Mensagens baixadas do Orkut que caracterizam infração foram encaminhadas para a Polícia Civil – afirmou Sérgio Pastl, comandante de Policiamento da Capital.
EDUARDO LOREA/ZHGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.