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O governo argentino estuda um mecanismo de mediação entre bancos e devedores hipotecários para evitar que milhares de pessoas percam suas propriedades nesta semana, quando termina o período de suspensão de apreensões de bens por mora no pagamento de empréstimos. As apreensões estão suspensas desde fevereiro devido a uma lei do Congresso e os parlamentares analisam diferentes projetos para mantê-las suspensas por mais 180 dias, uma medida que não foi bem recebida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
O governo está agora intermediando as negociações entre milhares de famílias e empresários que temem perder suas moradias, fábricas e casas de campo e os bancos, que já foram bastante prejudicados pela forte depreciação do peso este ano e pela posterior conversão a pesos de todos os empréstimos concedidos em dólares.
O chefe de gabinete, Alfredo Atanasof, disse que a missão do governo é proteger os devedores que tem sido "vítimas da implosão econômica'' do país, que deixou sem emprego um em cada cinco pessoas em condições de trabalhar, mas não adiantou que sistema de mediação estabelecerá com as entidades financeiras. A discussão está sendo acompanhada de perto pelo FMI, que em outras situações criticou medidas do governo que prejudicaram o sistema financeiro.
A Argentina tenta fechar um acordo com o FMI antes de quinta-feira, dia 14, quando vence uma dívida de US$ 809 milhões com o Banco Mundial. O governo quer adiar pagamentos no valor de US$ 14,5 bilhões que deveria efetuar a organismos nos próximos 14 meses de modo a dar uma folga à castigada economia. Uma missão argentina encabeçada pelo secretário das Finanças, Guillermo Nielsen, viaja nesta segunda-feira à noite a Washington para continuar as discussões que começaram em fevereiro. As informações são da agência Reuters.
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