O porta-voz do Parlamento iraquiano, Saadoun Hammadi, disse nesta segunda, dia 11, que a nova resolução da ONU para desarmar o Iraque é "provocadora, enganosa e um preâmbulo para a guerra''. Hammadi discursou na abertura da sessão de emergência do Parlamento, realizada para decidir sobre uma dura resolução da ONU exigindo que Bagdá se desarme ou enfrente uma possível ação militar.

Para o porta-voz, a medida "busca um pretexto (para a guerra) e não uma solução abrangente, busca criar crises em vez de cooperação e abre caminho para a agressão em vez da paz''. Ele também comentou que a ação viola a legislação internacional e a soberania do Iraque, mostrando as "más intenções da administração norte-americana".

O Parlamento de 250 cadeiras abriu sua sessão logo após as 19h (14h em Brasília) em resposta a um pedido do presidente Saddam Hussein para decidir sobre a resolução, adotada de forma unânime pelo Conselho de Segurança da ONU na sexta-feira. Ele ainda acrescentou que "a resolução com todos os seus tópicos tem muitos procedimentos provocativos contra este país, essa resolução tem muitas exigências impossíveis que não podem ser implementadas e tem muitas mentiras'.

O Iraque tem até 15 de novembro para aceitar a resolução e permitir aos especialistas de armas da ONU acesso ilimitado aos locais suspeitos de produzir armas de destruição em massa, se não quiser enfrentar "sérias consequências".

Também na segunda-feira, o chefe de um comitê parlamentar iraquiano recomendou à assembléia que rejeitasse a resolução da ONU. Salim al-Kubaisi, chefe do comitê árabe e de relações internacionais, disse ao Parlamento que o comitê recomenda a rejeição da resolução 1.441 do Conselho de Segurança e a sua não-aprovação de acordo com a opinião do povo iraquiano, "que tem confiança em seus representantes". As informações são da Reuters.