Desta vez o Santos não deu sustos na sua torcida e deixou a Vila Belmiro neste domingo com a segunda vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro, ao bater o Flamengo por 3 a 0. O resultado deixa o Peixe com 24 pontos contra 12 do Rubro-Negro, que voltou a perder após duas partidas.

Na próxima rodada, o alvinegro praiano tenta se aproximar ainda mais da zona de classificação para a Copa Libertadores recebendo o Paraná em casa, na quinta-feira. No dia anterior, o time carioca encara o Atlético-PR em Curitiba ainda sem chances de deixar a penúltima colocação.

Jogando no 4-5-1, o Flamengo começou bem melhor taticamente e com mais posse de bola, mas quase não conseguia avançar além da intermediária. Nas poucas vezes que conseguiu foi pelo lado direito, com Leonardo Moura, Cristian e Renato Augusto aparecendo pelo setor. Já o Santos encontrava enorme dificuldade para trocar passes e se restringia a anular o adversário.

Apesar da superioridade rubro-negra, o primeiro lance de real perigo da partida foi só aos 19 minutos, quando Renato Augusto recebeu passe em profundidade pelo lado esquerdo da área e, em vez de finalizar, tentou o cruzamento para Obina no meio, facilitando o corte da zaga alvinegra.

A resposta do Peixe foi imediata. E com bem mais qualidade. Aos 20 minutos, Marcos Aurélio brigou pela bola na ponta esquerda, tentou o chute e ela acabou sobrando limpa para Pedrinho ajeitar e bater forte, cruzado, sem chances para Bruno: 1 a 0.

O time da casa acordou e teve ótima oportunidade de ampliar quatro minutos depois. Marcos Aurélio cruzou da esquerda, a bola passou por Kléber Pereira e Alessandro apareceu no lado direito da área para arriscar de canhota e exigir boa defesa de Bruno.

A essa altura, Kléber passou a se posicionar mais na armação do meio-de-campo, enquanto Dionísio se aventurava pela lateral-esquerda – a troca era uma das armas previstas pelo técnico Wanderley Luxemburgo.

O Rubro-Negro seguia sem chutar a gol e o castigo pela falta de objetividade veio aos 32 minutos, quando Alessandro lançou Marcos Aurélio no lado direito da área e o tiro saiu cruzado, mais uma vez longe do alcance de Bruno: 2 a 0. Já Fábio Costa só foi exigido aos 36 minutos, para encaixar no meio da meta uma cobrança de falta feita por Jaílton.

As duas equipes voltaram com a mesma formação para etapa final. E a rede balançou novamente logo aos seis minutos, em cobrança de falta perfeita de Kléber, que acertou o ângulo esquerdo de Bruno: 3 a 0.

Aos 13, Adoniran fez boa jogada pela direita e cruzou para Kléber Pereira finalizar prensado pela zaga. Mesmo fraca, a bola caiu rente ao travessão do goleiro rubro-negro, que conseguiu fazer a defesa. Na seqüência, o estreante técnico Joel Santana mandou a campo o atacante Paulo Sérgio na vaga de Jaílton.

O Santos, então, diminuiu o ritmo e passou a esperar mais pelo Flamengo em seu campo para poder encaixar os contra-ataques em velocidade. A estratégia era perfeita até porque, embora trocasse passes, o time carioca continuava sem conseguir finalizar ao gol de Fábio Costa.

Com 20 minutos, Luxemburgo fortaleceu a marcação com a entrada do volante Adriano no lugar do meia Pedrinho. Dionísio seguia na lateral e Kléber, no meio. Aos 26, Joel mudou novamente ao optar pela troca de Roger pelo atacante argentino Maxi, primo do craque Messi, do Barcelona.

O cenário do jogo a essa altura era igualzinho ao cenário do início do primeiro tempo: o Flamengo com mais posse de bola, freqüentando a zona intermediária, mas sem conseguir levar perigo à meta de Fábio Costa. Satisfeito com o resultado, o Peixe apenas esperava o tempo passar.

Aos 37 minutos, o técnico santista decidiu fazer duas alterações. Dionísio, com contusão na virilha, saiu para a entrada do meia Rodrigo Tabata, enquanto Marcos Aurélio deu lugar ao meia Vitor Junior. As mudanças deixaram o time da casa mais rápido, mas não houve grandes chances de gol até o apito final.

GAZETA PRESS