A direção do Inter está assustada com os altos valores pedidos por alguns profissionais sondados para o cargo de técnico. Nomes como Jair Picerni, Mário Sérgio e, por último, Levir Culpi fizeram exigências salariais fora dos padrões do clube e já foram descartados. Oswaldo Alvarez, o Vadão, também quer mais do que o colorado está disposto a pagar.

Outros treinadores já foram procurados. Entre eles, Paulo Bonamigo, que chegou a ser entrevistado e sondado pelo Inter no final do ano passado, também renovou contrato com o Paraná.

Enquanto técnicos de expressão média não parecem estar interessados em trabalhar no Beira-Rio, começam a ser cogitados profissonais oriundos do interior do Rio Grande do Sul, chamados de "segunda linha". Coselheiros e outros dirigentes citaram Flávio Campos e Nestor Simionatto, velhos conhecidos dos clubes gaúchos.

Simionatto diz que ainda não foi procurado de forma oficial, mas admite o contato de uma pessoa ligada ao colorado. Ele se diz animado com a possibilidade de trabalhar em um grande clube. Simionatto, de 42 anos, já trabalhor em agremiações como Bagé, Palmeirense, Santo Ângelo, Veranópolis, São Luiz, Caxias, 15 de Novembro, Avenida, Gama, Tubarão e Glória, de Vacaria.

Flávio Campos ainda está começando na carreira de técnico, mas tem no currículo o vice-campeonato gaúcho deste ano. À frente do 15 de Novembro, Campos fez grande campanha e se classificou para as finais do Supergauchão. Acabou derrotado pelo Inter nos dois jogos – perdeu por 3 a 2 em Campo Bom e levou 2 a 0 do colorado em Porto Alegre. Antes de chegar à decisão, ainda bateu o banguzinho do Grêmio por 4 a 2. Além do 15, Flávio também dirigiu o Juventude no fim de 1999 e no ano de 2000. Como jogador, teve passagens por Olaria, Flamengo, São Paulo, Vasco, Juventude e futebol japonês. O ex-capitão do Ju afirmou que não foi procurado por dirigentes do Inter.

A contratação do técnico deve ser consumada somente depois da eleição para a renovação do Conselho Deliberativo, na próxima segunda-feira, dia 9 de dezembro.