O programa Sport Inside, da rede de televisão alemã WDR, pode revelar ainda hoje o nome dos tenistas envolvidos no escândalo de corrupção que abala o esporte nas últimas semanas.

Os nomes viriam de uma lista feita por um agente de apostas inglês, especialista em tênis, e que inclui partidas entre 22 de julho de 2002 e 21 de setembro de 2007, todas com resultados supostamente arranjados.

A Associação de Tenistas Profissionais (ATP) já conta com uma relação de 140 confrontos sob suspeita, entre eles a vitória do brasileiro Gustavo Kuerten sobre o italiano Filippo Volandri, pela primeira rodada do Brasil Open deste ano.

Aparecem na lista 17 torneios do Grand Slam e sete jogadores alemães, sendo que dois deles perderam as partidas que disputaram. Um tenista alemão também disse saber que os próprios jogadores fazem apostas entre si, sem que ninguém impeça, nos vestiários.

O tenista citado, que também participou de torneios da ATP e quer permanecer no anonimato, afirmou que muitos jogadores conseguiram multiplicar seus prêmios através das apostas.

O jogador, que pediu para não ter sua identidade revelada por temer represálias, disse que ele mesmo falou com outro tenista alemão que apostaria nele em troca de muito dinheiro.

De acordo com palavras do sul-africano Etienne de Villiers, presidente da ATP, os jogadores estão proibidos de se envolverem em qualquer tipo de apostas, sob pena de serem banidos do esporte.

Em declarações ao jornal alemão Bild, o tenista alemão Tommy Haas disse que as suspeitas podem ser reais e cita um exemplo ocorrido durante a edição de 2005 de Roland Garros para justificar suas suspeitas.

– Quando vi as quantias apostadas no argentino Mariano Puerta em Roland Garros cheguei a me perguntar se isso era possível. De repente, ele estava na final contra Nadal e, apenas duas semanas depois, perdia para Lars Burgsmüller. Diante de uma situação como esta, há muito o que pensar – disse Haas.

EFE