| 06/11/2007 19h54min
Descontraído e à vontade, o australiano Mick Fanning concedeu a primeira coletiva de imprensa como atual campeão mundial. Ele chegou à sala destinada à entrevista com um copo de cerveja na mão e muito tranqüilo com a conquista do título do WCT 2007. Depois da etapa brasileira, ele segue para o Havaí, onde disputará a última etapa do circuito que reúne a elite do surfe mundial. Além da inesquecível conquista, o Brasil também marcou Fanning pela qualidade das ondas em Imbituba:
– Estas foram as maiores ondas do WCT. Eram ondas grandes, foi divertido.
– Esta foi a coisa mais intensa que me aconteceu e venho há anos trabalhando para que isso acontecesse. Acho que só vou sentir uma emoção como essa, talvez quando eu casar – imaginou Fanning.
Perguntado sobre qual a receita para chegar ao lugar em que chegou, o australiano fez uma comparação com o seu compatriota, Taj Burrow:
– Ele é talentoso, mas nunca treinou focando no título, ia a festas é não cuidava da alimentação. Para ser campeão, tem que estar focado, fazer exercícios, alimentação, não basta apenas ter talento. Tem que se dedicar e treinar bastante. Fico feliz em ver crianças que estão iniciando no surfe como estas que estão na sala atrás de vocês (imprensa) – afirmou Fanning, apontando para várias crianças que participaram da coletiva e que fazem parte de um projeto de surfe da cidade de Imbituba.
– No WQS (a divisão de acesso) era sempre festa, cada campeonato e uma festa. No WCT parece que tudo é festa e uma hora o cara tem que cair na real, tem que levar a sério.
Sobre a possível aposentadoria do octacampeão mundial Kelly Slater – que foi quem entregou a taça de campeão do mundo a Fanning –, o australiano, em tom de brincadeira, disse que estava na hora de alguém parar o norte-americano:
– Fiz um acordo com o Joel Parkison (surfista australiano), alguém tinha que ganhar do Slater, ele sempre ganhava. Eu e o Joel fizemos uma pacto para vencê-lo – riu o australiano.
Sobre a torcida, Fanning falou que o papel do público pode ser positivo ou negativo:
– A torcida às vezes ajuda e às vezes atrapalha. Na bateria contra o Neco (Padaratz) estava todo mundo contra e depois todos estavam torcendo para mim – falou o australiano.
A torcida do Brasil, no entanto, chegou a assustar Fanning em alguns momentos:
– Tentaram roubar duas vezes o meu boné. Eu nunca tinha visto nada como no sábado ou domingo.
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