| 07/11/2007 16h25min
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, assegurou nesta quarta-feira que os contratos existentes de compra de gás pelas termelétricas e distribuidoras serão "totalmente honrados". Ele também garantiu que "o crescimento do Brasil não vai ser afetado por falta de gás". Segundo ele, os investimentos que estão sendo feitos pela estatal no setor são suficientes para expandir a produção nacional. O executivo disse que em 2008 a empresa espera aumentar em 40 milhões de metros cúbicos diários a produção nacional de gás, principalmente, com a exploração da bacia do Espírito Santo. Gabrielli negou que a relação entre a oferta e a demanda de gás no Brasil seja muito apertada.
— Não é que o cobertor seja curto. A questão é que esse mercado exige contratos. Se você não tiver contrato, não vai encontrar gás na prateleira do supermercado — disse.
Segundo ele, as distribuidoras de gás nos estados precisam fazer contratos para definir qual a quantidade firme de gás que
necessitam e qual quantidade
pode ser flexibilizada. O presidente da Petrobras avaliou que a decisão da distribuidora de gás do Rio de Janeiro de cortar parte do abastecimento de gás natural veicular na semana passada foi "uma decisão política" e repetiu que todas as distribuidoras de gás estavam conscientes de que, se houvesse necessidade, o gás adicional que elas estavam recebendo seria reduzido.
Questionado se a Petrobras poderia aumentar o preço do gás para reduzir o consumo, Gabrielli respondeu apenas que o preço do combustível é contratual. O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, ressaltou que os preços do gás já vêm sendo reajustados.
— Isso é uma questão de segurança energética para o país — disse o ministro, que estuda política para não expandir uso do gás natural veicular (GNV).
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