| 08/11/2007 16h06min
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos anunciou nesta quinta-feira o pedido de afastamento da diretora médica, Renata Castro. Em nota oficial, a CBDA diz que a médica que estava acompanhando o caso de doping da nadadora brasileira Rebeca Gusmão pediu afastamento do cargo alegando “motivos pessoais”.
O médico gaúcho Eduardo de Rose, que é uma das maiores autoridades do mundo em prevenção e combate ao doping, falou sobre o caso de Rebeca, em entrevista ao programa Globo Esporte. De Rosse disse que ainda não fechou o relatório final dos Jogos Pan-Americanos do Rio, apesar de a CBDA e a nadadora terem dito que os exames dela durante o Pan tenham apresentado resultado negativo.
– Um negativo laboratorial ou um positivo laboratorial não significa que seja um resultado final negativo ou positivo – explicou o médico, que atua há 31 anos no Comitê Olímpico Brasileiro.
Somente com o relatório em mãos é que o Comitê Executivo da Odepa concluirá se houve ou não doping no Pan. Isso deve ocorrer nos próximos dias.
– Quando se tem um positivo não há dúvida. Eu te diria que é difícil conseguir um positivo, mas quando há a indicação de positivo, é realmente positivo. Não há falso positivo, só existe falso negativo. É um diagnóstico extremamente difícil – explicou.
Um dos fatores que dificultam a busca pelo doping por testosterona é o tempo de permanência da substância no corpo.
– Ela pode ser utilizada como pomada, ela pode ser utilizada como um adesivo e pode ser como injeção também. Existem certos métodos de usos de testosterona que eu posso aplicar de noite e de manhã eu já não tenho mais no organismo – esclareceu o médico.
A nadadora Rebeca Gusmão viajará para o Canadá, onde acompanhará o exame da contraprova. Caso a atleta seja punida, ela perderá as duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze conquistadas no Rio de Janeiro.
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