| 12/11/2007 22h48min
Afastado da presidência corintiana desde 21 de setembro, quando renunciou, o ex-mandatário do Timão, Alberto Dualib, e seu antigo vice, Nesi Curi, acabaram punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na noite desta segunda-feira, em sessão realizada na sede do Tribunal, no Rio de Janeiro.
Os antigos cartolas corintianos, representados pelo advogado do clube, fora denunciados no artigo 238 (receber ou solicitar, para si ou para outro, vantagem indevida em razão de cargo ou função, remunerados ou não, em qualquer entidade desportiva ou órgão da justiça desportiva, para praticar, omitir ou retardar ato de ofício, ou, ainda, para fazê-lo contra disposição expressa de norma desportiva) e foram suspensos por três anos. A pena máxima prevê quatro.
As denuncias foram feitas por conta de supostas irregularidades na parceria da MSI com o Corinthians. Pelo mesmo motivo, o atual presidente alvinegro, Andrés Sanchez, na época vice de futebol, foi julgado, mas acabou absolvido.
O Corinthians também acabou julgado pelo artigo 233 (deixar de cumprir obrigação legal por fato ligado ao desporto, observada a competência da Justiça Desportiva prevista em lei) e assim como seu presidente também saiu livre.
A investigação do STJD foi baseada em dados adquiridos pela Polícia Federal, que reuniu documentos e gravações telefônicas. Com os detalhes cedidos pela PF, o auditor do STJD, Alexandre Quadros, sugeriu as denúncias contra o clube e os dirigentes, mas apontou para o arquivamento do processo de supostas irregularidades no Brasileirão de 2005, quando o Timão sagrou-se campeão. O auditor não encontrou provas contra a campanha do Alvinegro na competição e recusou qualquer possibilidade de o clube perder o troféu.
A procuradoria do Tribunal seguiu o relatório de Quadros e confirmou as denúncias contra Andrés Sanchez, Alberto Dualib e Nesi Curi, além da acusação contra o próprio clube. Dualib e Curi não poderão, desta forma, se manifestarem como
dirigentes corintianos nos
próximos três anos. Como se trata de réus primários, ambos poderão recorrer e ter a pena reduzida após cumprirem metade da suspensão (1 ano e meio).
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