| 19/11/2007 15h57min
O vereador de Porto Alegre Adeli Sell (PT) entregou no início da tarde desta segunda-feira um dossiê de 50 páginas, apontando supostas irregularidades na administração do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) na Capital, à Polícia Federal. Ele espera que as autoridades investiguem a administração do projeto pela Fundae, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), envolvida no esquema levantado pela Operação Rodin, que investiga fraudes no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
— Não encontrei o delegado Ildo Gasparetto e entreguei o documento no gabinete dele, mas confio na seriedade do seu trabalho e que ele vá abrir uma investigação — disse o vereador, que contou estar estudando a possibilidade de levar a questão ao Ministério Público (MP) e ao Tribunal de Contas.
Segundo Sell, o ProJovem de Porto Alegre recebeu R$ 11,2 milhões do governo federal, dos quais R$ 10 milhões foram repassados para a Fundae. Apenas para os lanches dos alunos, teriam
sido destinados R$ 250
mil, quantia que, de acordo com o vereador, "não bate com o número de alunos do programa".
O ex-secretário municipal da Juventude, Mauro Zacher, teria apresentado números divergentes sobre os alunos beneficiados. Sell contou que, em fevereiro deste ano, o então chefe da pasta, disse que eram 330 formados e 1.621 formandos, porém, em abril, afirmou que seriam 1,2 mil formados, o que significaria uma reprovação de 751 alunos. O vereador revelou que a Câmara Municipal também investigará o caso, mas ainda não foi definido se será através de Comissão Especial ou Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
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