| 27/11/2007 00h31min
Após ouvir o depoimento do médico Eduardo de Rose, responsável pelo controle antidoping nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, o delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública (DRCCSP) do Rio de Janeiro, Marcos Cipriano, anunciou que teve a confirmação que os exames antidoping feitos pela nadadora Rebeca Gusmão durante a competição foram mesmo alterados.
Cipriano ainda explicou que há indícios que a atleta teria participado da fraude. Caso a tese seja comprovada, Rebeca Gusmão pode ser indiciada por falsidade ideológica e ser condenada de três meses a dois anos de prisão. O crime de estelionato, com pena de um a cinco anos de detenção, também pode ser associado à atleta, se for provada que Rebeca obteve vantagens financeiras com a fraude.
– Constatei que, realmente, houve fraude. Alguém trocou a urina. Agora, a linha de investigação é saber quem fez isso e qual benefício recebeu – declarou Cipriano, que ouviu De Rose, hoje atual diretor médico da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), no prédio da Polinter no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira.
Os indícios de fraude aumentaram após exames terem provado que o DNA coletado em duas das quatro urinas colhidas de Rebeca durante o Pan pertencia a pessoas diferentes. Para auxiliar na investigação, o delegado já confirmou que pedirá o exame de DNA da nadadora e mais seis pessoas que fizeram o trabalho de escolta da atleta durante o recolhimento das urinas no Pan.
No campo esportivo, Rebeca Gusmão pode ser banida de todas as competições, caso seja comprovada as alterações nos exames. A atleta também pode ser banida se for considerada culpada por dois exames antidoping (o primeiro em 2006, no Troféu José Finkel, e o segundo em 2007, no Pan).
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