| 27/11/2007 16h24min
O ainda mal explicado entrevero entre Ricardinho e Bernardinho não irá atrapalhar o desempenho da seleção brasileira masculina de vôlei. Pelo menos é o que promete Ary Graça, presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), e que espera um entendimento futuro entre o levantador e o treinador.
Segundo o dirigente, o que aconteceu nos Jogos Pan-americanos foi um inédito desentendimento.
– Eu costumo dizer que o vôlei é uma pizza dividida em várias fatias iguais; cada segmento tem a sua importância e ninguém é mais importante que ninguém – comparou.
Ainda de acordo com ele, quando há desequilíbrio entre as várias “fatias”, as coisas tendem a dar errado.
– Mas acredito que, no futuro, as pessoas vão se dar conta de que possam ter cometido um exagero, e tudo vai ser conciliado – afirmou.
Questionado se a reapoximação não está demorando excessivamente, Graça negou.
– Quatro meses parece muito tempo, mas acabou o Pan e espalhou todo mundo, cada um foi jogar em seu time. Na verdade, o contato foi de 15 dias. Não houve tempo para entendimentos – acredita.
O dirigente, porém, nega que a CBV vá intervir diretamente em busca de uma solução no conflito entre Bernardinho e Ricardinho.
– Eu não posso interferir na decisão das comissões técnicas, como nunca fiz nem em seleções infanto-juvenis – explicou-se Graça.
O principal mandatário do vôlei brasileiro ainda deixou claro que apóia o técnico Bernardinho no polêmica que envolveu o time às vésperas do Pan do Rio.
– Eu não abro mão da disciplina, porque o segredo do Brasil é a organização e a disciplina. Temos que preservar o conjunto a qualquer preço – argumentou.
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