O presidente do Grêmio, Paulo Odone, disse neste domingo que o clube não ficará sem comando. Em 2008, o dirigente deverá deixar o cargo para assumir a Grêmio Empreendimentos, empresa que trata da construção da Arena. Porém, após o empate em 1 a 1 com o Corinthians, ele garantiu que, se não for substituído por um nome que agrade a todos os gremistas, permanece como o mandatário do time.

– O Grêmio não está e nem ficará sem comando. Pelo menos enquanto eu tenho um compromisso com o Grêmio, não ficará – garantiu o presidente tricolor. – Só saio se tiver garantia de que o que vai acontecer aqui será uma perfeita sucessão da nossa gestão. Se não tiver isso, não saio, continuo presidente até o último dia do mandato no ano que vem – emendou.

Odone minimiza os conflitos internos que vêm ocorrendo no Conselho gremista desde que ele tentou nomear o ex-governador gaúcho Antonio Britto como seu sucessor. Para o mandatário, as brigas internas têm um único motivo: todos querem que ele permaneça no cargo.

– Qualquer coisa que se fala em construir alguma aliança, comigo saindo do Grêmio, eu recebo uma oposição enorme a qualquer idéia destas. Mas não posso ter falsa modéstia. Muito disso é feito porque me fazem apelos, não querem que eu saia da presidência do Grêmio. Desde as pessoas mais próximas até o torcedor – declarou o presidente do Grêmio.

Vágner Mancini

Antes do jogo, o presidente do Grêmio havia confirmado que Vágner Mancini seria o novo técnico gremista. Ao final do confronto, ele elogiou a nova contratação da equipe. Antes disso, cometeu uma gafe que levou aos jornalistas presentes na coletiva a gargalhadas.

– O treinador do Grêmio será Walter Avancini – disse, para segundos depois perceber que, sem querer, havia falado o nome de famoso diretor de novelas. – Para vocês verem como eu ando goiaba nestes últimos dias – brincou, para em seguida corrigir o nome do ex-atleta.

Odone elogiou o novo treinador. Para ele, o campeão da Libertadores de 1995 como jogador é o nome que o Tricolor procurava para substituir Mano Menezes.

– O perfil favorito de todos nós era o Vágner Mancini. Tem uma visão de futebol de superação, como sido a marca do Grêmio vencedor no passado e do Grêmio destes tempos agora com Mano Menezes – elogiou.

Arena

Mesmo com o alerta de que só deixa o comando do clube se a sucessão for tranqüila, Odone também comentou o desafio que tem pela frente em relação à construção da Arena. Apesar da indicação do Beira-Rio a sede da Copa do Mundo de 2014, o presidente gremista ainda sonha em ver o novo estádio gremista sediando partidas do Mundial.

– Em Porto Alegre foi indicado um estádio, o Beira-Rio, que está pronto mas precisa ser reformado, e há um projeto de reforma que foi exibido à Fifa. E o Grêmio apresentou o seu projeto, que alguns chamaram de projeto virtual. Também apresentei à Fifa, está lá no caderno, foi acompanhado junto. Não sei se o outro (Beira-Rio) vai estar pronto, mas sei que o Grêmio construirá o seu – disse Odone.