O técnico Caio Júnior declarou que a iniciativa de deixar o comando do Palmeiras foi dele próprio. Após acertar verbalmente com o Goiás e viajar nesta sexta para assinar por um ano, o treinador disse ter tomado a decisão ao sentir desgaste na relação com os dirigentes alviverdes, que, segundo ele, aceitaram imediatamente o rompimento, sem tentar demovê-lo da idéia.

– Eu senti que houve um desgaste após a derrota para o Atlético-MG, que tirou o Palmeiras da Libertadores, e cheguei a conclusão que deveria sair. Acredito que o trabalho não deveria ser avaliado apenas pelo último jogo e a diretoria concordou com a minha decisão. Fica uma frustração por querer dar continuidade ao trabalho. Mas serei lembrado pelo que consegui realizar no clube – justifica Caio Júnior, segundo o site Globoesporte.com.

O ex-treinador do Palmeiras considera árduo o trabalho que realizou no clube paulista no clube. Assim que chegou ao Palestra Itália, a equipe contava com 56 jogadores. Além de reformular o elenco, descobrir jovens valores nas categorias de base, ele também planejou o time B.

– As pessoas esquecem que no ano passado, o Palmeiras lutou para não ser rebaixado. Neste ano, o time foi vice-líder e lutou até a última rodada pela Libertadores. O clube ganhou dinheiro com a negociação do Michael, teve quatro jogadores entre os melhores do Brasileirão (Pierre, Martinez, Valdivia e Diego Cavalieri), e eu entre os melhores treinadores. Mas ficou apenas a ressaca do último jogo – lamentou o treinador.

Desafio diferente

Caio Júnior entende que cumpriu a sua missão no Palmeiras. Porém, ele não concorda que tenha dado um passo atrás na carreira ao acertar com o Goiás durante para a temporada de 2008.

– É claro que em termos de mídia, o eixo Rio-São Paulo tem maior divulgação. Mas a estrutura do Goiás é excelente e o projeto de trabalho também é interessante. Será um desafio diferente do que tive no Paraná e Palmeiras. Não desci um degrau na minha carreira – garantiu Caio Júnior.