| 07/12/2007 14h51min
A absolvição da Renault no caso de espionagem contra a McLaren, decidida nesta quinta pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), pode ser revogada caso apareçam elementos novos que demonstrem que a equipe francesa se beneficiou de elementos técnicos roubados da escuderia britânica. A informação foi revelada nesta sexta pela FIA ao justificar a decisão adotada na véspera, em Mônaco, na qual considerou a escuderia culpada de ter acesso a dados confidenciais da McLaren, mas não impôs nenhuma sanção à equipe, por considerar que não se utilizou das informações para a concepção de seu carro.
Segundo o Conselho, nenhuma das provas apresentadas ontem permitia concluir que o caso tivesse influenciado na classificação final do Mundial de Fórmula-1.
– Apesar de muitos elementos não terem sido esclarecidos (...) o Conselho conclui que não há provas suficientes para estabelecer que estas informações tenham sido utilizadas para interferir no Mundial – explicou a FIA.
Em um extenso comunicado, a organização acrescentou que perante o eventual surgimento de novas informações, o caso poderá ser reaberto pela FIA. A decisão do Conselho também está pendente de uma possível apelação da McLaren, que poderia considerar que não recebeu o mesmo tratamento.
A escuderia britânica foi declarada culpada de espionagem, e foi punida com uma multa de US$ 100 milhões e a perda de todos os pontos no mundial de construtores. Ao justificar a decisão tomada ontem, a FIA assinala que a Renault estava em posse de dados sobre o sistema de distribuição de gasolina da McLaren e de seu sistema de câmbio, entre outros.
Todos esses elementos chegaram à equipe francesa por meio do engenheiro, Philip Mackereth, que havia trabalhado para a McLaren. Desde a explosão do escândalo, a Renault sempre defendeu sua boa fé, lembrou que informou à FIA logo que soube da atuação de Mackereth e se negou a utilizar os dados fornecidos pelo engenheiro.
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