| 09/12/2007 17h01min
O velho ditado de que “posse de bola não ganha jogo” deverá ficar na cabeça dos jogadores do Pachuca por muito tempo após este domingo. Favorito para se classificar às semifinais do Mundial de Clubes da Fifa, a equipe mexicana dominou a partida contra o pouco expressivo Etoile Sportive du Sahel pelas quartas-de-final, mas não conseguiu traduzir em gols a soberania em campo e se despediu da competição ao ser derrotada por 1 a 0. Mas se o clima no Pachuca era de decepção pela eliminação precoce, no Etoile a felicidade tomou conta do técnico francês Bertrand Marchand, comandante dos dos tunisianos.
Embora os adversários tenham sido superiores durante grande parte da partida, o treinador se apoiou na velha máxima do futebol para justificar a surpreendente vitória.
– Com esse resultado, mostramos que merecemos ser os campeões da África e, sobretudo, deixamos claro que nem sempre o time com mais posse de bola merece ganhar – discursou Merchand, que viu o Pachuca ter a bola durante 64% da partida.
– Continuar no torneio é um sonho que se tornou realidade – emendou.
O segredo da surpreendente vitória, sacramentada com um gol do volante Moussa Narry aos 40 minutos do segundo tempo, foi explicada pelo técnico do Etoile. De acordo com o comandante, a cautela foi o fator responsável pelo inesperado resultado em Tóquio.
– Não tivemos muita posse de bola, mas sabíamos da força e da disposição ofensiva do Pachuca. Vendo isso, a única forma de ganhar era jogando como hoje: na defensiva, esperando o momento certo. Fizemos certo e, agora, estou muito feliz – especialmente por causa dos meus jovens jogadores – finalizou Merchand, que na quarta-feira comanda o Etoile no duelo com o Boca Juniors, na disputa de uma das vagas para a decisão do Mundial.
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