| 13/12/2007 01h21min
O Senado rejeitou na madrugada desta quinta-feira a prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Foram 45 votos a favor da prorrogação e 34 contra. O governo precisava de 49 votos para aprovar a proposta de emenda constitucional que estendia a vigência da CPMF. Foi a derrota mais grave do governo Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso.
Com a decisão dos senadores, no dia 1º de janeiro o contribuinte brasileiro deixará de recolher o imposto de 0,38% sobre valores movimentados em bancos em forma de saques em dinheiro e cheques. Segundo estimativas da governo, o tributo iria gerar uma arrecadação de R$ 40 bilhões em 2008.
A última cartada lançada nesta quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva não surtiu resultado. Lula garantiu que 100% dos recursos do tributo seriam investidos na saúde, caso os tucanos apoiassem a prorrogação da CPMF por um ano. A oferta, porém, foi rejeitada pelo
partido.
Em telefonema na
noite de terça-feira, o presidente teria se comprometido com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que ontem participou de reunião-almoço na sede da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), em Porto Alegre. A alteração seria motivada pelas dificuldades encontradas em aprovar a proposta como ela estava.
A votação foi conduzida pelo novo presidente da Casa, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). O interino, Tião Viana (PT-AC), que ocupou o posto depois da renúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL), deixou o cargo assim que Alves foi eleito, no início da tarde de ontem. O projeto de prorrogação da CPMF passou à frente dos demais da pauta do dia para votação.
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