Em busca de votos para aprovar a emenda que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011, o governo acelerou o pagamento das emendas de parlamentares feitas ao orçamento deste ano, aponta o DEM. Levantamento feito pela assessoria técnica do partido indica que, somente nos primeiros sete dias de dezembro, o Palácio do Planalto liberou R$ 50,2 milhões para as emendas. A maioria desses recursos (R$ 40,4 milhões) foi para emendas de bancada, normalmente patrocinadas pelos senadores.

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Na primeira semana de dezembro, o Planalto também empenhou outros R$ 230,4 milhões para as emendas de parlamentares. O PMDB, maior bancada Senado e da Câmara dos Deputados, e o PT foram os que ganharam mais recursos: R$ 20,1 milhões e R$ 15,8 milhões, respectivamente. Em seguida vem o DEM, com o qual o governo busca votos de senadores para tentar aprovar a CPMF, que conseguiu R$ 6,5 milhões empenhados em apenas sete dias.

O oposicionista PSDB, partido em que o Planalto também tenta conquistar votos a favor do imposto do cheque, obteve R$ 3,2 milhões. A maior fatia dos empenhos de dezembro também foi para as emendas de bancada, que ficaram com R$ 154,2 milhões.

As liberações de verbas pelo Planalto não se restringem ao orçamento de 2007. Nos sete primeiros dias de dezembro, o governo pagou R$ 20,5 milhões do orçamento do ano passado. A maior fatia, R$ 16 milhões, ficou novamente com as emendas de bancada, que são feitas pelos senadores. Também na primeira semana deste mês, o governo liberou outros R$ 5,8 milhões para emendas feitas ao orçamento de 2005.