| 13/12/2007 15h11min
Os escândalos da última temporada da Fórmula-1, que envolveram denúncias de espionagem entre McLaren, Ferrari, Renault e Honda, não arranharam a imagem da categoria como se imagina. A opinião é do presidente da FIA, Max Mosley, que concedeu entrevista à revista inglesa The Paddock.
Para o dirigente, independente das questões de segurança de informação, a troca de acusações entre as equipes pode até mesmo ter sido benéfica para a Fórmula-1. A principal competição do automobilismo mundial voltou neste ano a ocupar as manchetes de jornais de forma nunca vista antes.
– Não acho que tudo isso tenha feito algum dano. De fato, a atenção do público aumentou – disse Mosley, ao ver o lado positivo dos escândalos de espionagem. – Este é sempre o paradoxo: quando há uma grande questão, ela tende a ganhar atenção do público que não segue a Fórmula-1. Neste sentido, foi positivo – completou o dirigente.
Mosley, porém, ponderou que a F-1 não está interessada em maneiras apelativas de atrair público. Ele garantiu que episódios de espionagem não irão se repetir.
– A única ameaça seria o nosso público acreditar que isso é endêmico e que não poderíamos barrar o problema – alertou.
Clímax extraordinário
O homem-forte da FIA ainda fez um balanço positivo da temporada, e garante ter ficado satisfeito com o título de Kimi Raikkonen. Ele lembrou que o finlandês venceu seis provas, contra quatro de Fernando Alonso e de Lewis Hamilton.
– Acho que, no fim das contas, o campeonato foi para a pessoa certa – concluiu.
As condições da última vitória de Raikkonen, no GP do Brasil, não foram esquecidas pelo dirigente. Raikkonen chegou a Interlagos apontado como zebra entre os três candidatos ao título da temporada.
– O clímax foi tão extraordinário que algumas pessoas pensaram que nós tínhamos escrito o roteiro – brincou.
GAZETA PRESS
Nuvens na sede da McLaren, na Inglaterra: Mosley viu um lado positivo nas denúncias de espionagem
Foto:
Jens Buettner
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EFE
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