| 13/12/2007 18h44min
A não-aprovação da Contribuição sobre Movimentação Financeira (CPMF) pelo plenário do Senado somou-se ao mau humor internacional e o resultado foi um tombo de quase 3% para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os investidores fizeram nesta quinta-feira uma releitura das medidas anunciadas ontem por alguns dos principais bancos centrais do mundo para injetar liquidez no sistema financeiro. As bolsas caíram na Ásia e na Europa. Nos Estados Unidos, trabalharam em baixa o dia todo, mas, na última hora da sessão em São Paulo, o índice Dow Jones diminuiu as perdas e, momentaneamente, até chegou a pisar em terreno positivo.
O Ibovespa, principal índice paulista, perdeu 2,9% no fechamento, aos 62.861 pontos. Oscilou entre a mínima de 62.466 pontos (-3,51%) e a máxima de 64.735 pontos (-0,01%), sempre em baixa. O resultado de hoje também teve o demérito de inverter o acumulado do mês, de uma alta até ontem para uma baixa de 0,23%. No ano, a Bovespa ainda tem ganhos acumulados de 41,35%. O
volume
financeiro negociado hoje totalizou R$ 6,67 bilhões.
Os investidores reagiram à não-aprovação da CPMF, que criou um problema para o governo fechar suas contas. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisou que a meta de superávit primário será mantida, mas advertiu que algumas benesses que estavam sendo cogitadas, muitas nascidas na esteira da negociação da aprovação da emenda, não devem mais sair. As agências de classificação de risco voltaram os olhos mais atentamente para cá e, embora garantam que a derrota ainda não afastou o grau de investimento para longe, já avisaram que tudo vai depender de como o governo vai conduzir as coisas.
Às 18h16min, o Dow Jones caía 0,33%, mas a perda ao longo da sessão já havia batido em -0,89%. O índice S&P, no mesmo horário, tinha baixa de 0,55% e o Nasdaq, de 0,65%.
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