Não foi só o Brasil que sorriu com a eleição do meia Kaká como o melhor jogador do mundo na eleição da Fifa nesta segunda. Após ver o camisa 22 receber o prêmio na cidade de Zurique, na Suíça, o Milan e o futebol italiano comemoraram o fim de alguns jejuns, além de interromper a seqüência do Campeonato Espanhol.

Segunda maior campeã da história da Copa do Mundo, a Itália não via um jogador atuar durante um ano inteiro em seus gramados e depois ser eleito o melhor do planeta pela Fifa. Em 2006, o zagueiro Fabio Cannavaro recebeu o prêmio, mas seis meses após ter se transferido da Juventus para o espanhol Real Madrid.

Desde Zidane

O último atleta que atuou durante os 12 meses do ano na Itália e depois recebeu o troféu dourado da Fifa foi o francês Zinedine Zidane, em 2000, quando ainda defendia a Juventus. Desde então, o Campeonato Espanhol foi responsável pelos seis melhores do mundo seguintes, respectivamente: o português Luís Figo, o brasileiro Ronaldo, Zidane novamente (todos pelo Real Madrid), o também brasileiro Ronaldinho (bicampeão pelo Barcelona) e Cannavaro.

Graças ao camisa 22, o Milan viu um atleta de seu elenco se tornar o melhor do mundo pela primeira vez em 12 anos. A última vez em que um representante do clube havia faturado o prêmio foi em 1995, com o atacante liberiano George Weah. Antes do africano, o centroavante holandês Marco van Basten foi o primeiro do time rubro-negro a ser coroado, em 1992.

Disputas locais

O título de Kaká ainda fez com que os milaneses ultrapassassem a arqui-rival Internazionale nas estatísticas da premiação, ambos com três atletas eleitos melhores do mundo. No entanto, os atuais campeões europeus possuem dois segundos lugares – em 1995 com o defensor Paolo Maldini e em 96, com Weah – contra um do adversário, obtido em 98, com Ronaldo.

Os dois representantes de Milão, porém ainda aparecem atrás da Juventus, terceira colocada com quatro títulos (Roberto Baggio em 1993, Zidane em 1998 e 2000, e Cannavaro na última temporada). O Barcelona é o clube que teve mais jogadores premiados, em seis oportunidades – duas a mais do que o Real Madrid.