| 26/12/2007 18h27min
Os familiares de Clara Rojas, ex-candidata à vice-presidência da Colômbia, e da ex-congressista Consuelo González de Perdomo aprovaram a "fórmula" anunciada nesta quarta-feira pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, para a libertação de três reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
— Parece-me muito boa — disse Ivan Rojas, irmão de Clara.
Patricia Perdomo, filha de Consuelo disse estar "muito feliz" com a iniciativa. A Venezuela apresentou hoje um documento com a proposta para que o governo colombiano autorize a operação humanitária internacional de libertação dos reféns. Chávez disse em Caracas que a operação inclui várias opções de lugares para ser iniciada, em território venezuelano. No entanto, a primeira fase terminaria no aeroporto da cidade de Villavicencio, capital do departamento colombiano de Meta.
Nesse aeroporto ficariam pequenos aviões Falcon 90 e de lá partiriam os helicópteros, equipados com tanques de
combustível suplementares, rumo ao ponto de
encontro com a guerrilha, numa localidade secreta. A Venezuelana também solicitou a designação de um delegado oficial da Colômbia, que se juntará aos das administrações de Brasil, Argentina, Bolívia, Cuba, Equador e França.
— Está nas mãos do presidente (colombiano, Álvaro Uribe). O que o governo decidir, nós acataremos — afirmou Ivan Rojas. — É ótima a sugestão de Chávez sobre a chegada de uma comissão internacional. É bom para eles (os países), para todos, para nós e para os seqüestrados — acrescentou o irmão de Clara e tio de Emmanuel, filho que a refém teve com um guerrilheiro e que nasceu durante seu período de cativeiro, devendo ser liberado junto com ela.
Para María Fernanda Perdomo, outra filha de Consuelo, a operação explicada por Chávez em entrevista coletiva "não é impossível" e ainda lhe parece "fácil". Ela afirmou que se fosse possível, participaria da operação e gostaria de viajar nos helicópteros até o ponto de resgate. María Fernanda quer que a mãe
abrasse sua filha, María
Juliana.
— Definitivamente, Chávez mostrou a parte operacional. Tomara que Uribe lidere essa operação e o processo de acordo humanitário, e não o presidente de outro país — disse o analista político Lázaro Viveros, destacando "a participação de países latino-americanos e da França para recuperar os reféns".
Viveros espera que a operação não seja clandestina. Além disso, ele deseja que o êxito da proposta venezuelana, após a aprovação colombiana, se traduza no restabelecimento total das relações entres os dois países, enfraquecidas desde 21 de novembro, quando Uribe colocou um fim à mediação realizada por Chávez e pela senadora colombiana Piedad Córdoba.
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