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 | 27/12/2007 18h56min

Egito, Jordânia, Líbano e Síria condenam assassinato de Benazir

Líderes do Afeganistão e da Arábia Saudita também lamentaram o atentado contra a ex-primeira-ministra

Líderes do Egito, Jordânia, Líbano, Síria, Afeganistão e Arábia Saudita condenaram nesta quinta-feira o atentado que matou a ex-primeira-ministra paquistanesa e líder opositora Benazir Bhutto. Nenhum dos países apontou um responsável pelo crime ou criticou o governo do presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, com quem Benazir mantinha profundas divergências.

O rei Abdullah II, da Jordânia, classificou como um "atentado criminoso" o assassinato. Além disso, num telegrama enviado a Musharraf, ele expressou seus pêsames e transmitiu a solidariedade do povo jordaniano.

O ministro de Assuntos Exteriores do Egito, Ahmed Aboul Gheit, disse que o atentado "exige que todas as forças paquistanesas trabalhem para resolver suas diferenças neste momento crítico, para manter a segurança e a estabilidade e para fazer frente ao terrorismo".

No Líbano, o primeiro-ministro Fouad Siniora condenou o ataque dizendo que seu país rejeita "qualquer ato de violência e os crimes políticos".

O governo sírio, por meio de um porta-voz oficial, censurou "este atentado terrorista covarde" e disse estar seguro de que "Paquistão conseguirá superar estas difíceis circunstâncias que enfrenta".

O rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, chamou de "selvagens" os responsáveis pelo atentado e pediu aos paquistaneses que "não permitam que os inimigos perturbem sua unidade".

Abdullah, cujo país acolhia o também ex-primeiro-ministro e líder opositor paquistanês Nawaz Sharif até este retornar recentemente a Islamabad, enviou um telegrama a Musharraf.

— Expressamos nossa condenação e a do povo saudita ao crime horroroso cometido por assassinos que se distanciaram do Islã e da moralidade e se transformaram em selvagens. Acreditamos que o povo irmão paquistanês atuará com fé e paciência, não permitirá que prejudiquem sua unidade e estabilidade, e fará frente aos inimigos do Paquistão e da Nação Islâmica — disse Abdullah, segundo a agência saudita SPA.

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, soube do assassinato de Benazir horas depois de ter se reunido hoje com a líder opositora, ao fim de uma visita de dois dias ao Paquistão.

Em comunicado oficial, Karzai diz que ficou muito comovido com a morte de Bhutto, "a filha do Paquistão e do mundo muçulmano que foi martirizada num ataque de covardia e brutalidade por aqueles que são inimigos da prosperidade, da paz e do bem-estar do Paquistão e dos países muçulmanos".

— Sinto-me muito abalado, muito condoído. Esta corajosa irmã nossa, filha do mundo muçulmano, já não está mais conosco — disse.

Ele ainda que entrou em contato com o viúvo de Benazir, Asif Ali Zardari, a quem fez chegar suas condolências. Karzai também manifestou seus pêsames aos paquistaneses e a todos os muçulmanos:

— Nós, no Afeganistão, condenamos o atentado e queremos manifestar que Benazir sacrificou sua vida pelo bem do Paquistão e de toda a região. Encontrei nela, esta manhã, um grande desejo de paz e prosperidade para o Afeganistão e para um futuro próspero para ambos os países. É uma grande perda para todos nós.

EFE
 
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