| 27/12/2007 19h54min
A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, falou por telefone com Asif Ali Zardari, viúvo da ex-primeira-ministra paquistanesa e líder opositora Benazir Bhutto, assassinada nesta quinta-feira ao fim de um comício na cidade de Rawalpindi, perto de Islamabad.
Segundo a Casa Branca, Rice contatou Zardari para transmitir-lhe as condolências do governo e do povo norte-americano. Num comunicado divulgado hoje pelo Departamento de Estado, Rice condenou "nos termos mais firmes este ataque covarde e assassino".
— A morte de Benazir é uma grande perda para o Paquistão. Conheci-a como uma mulher de grande coragem e estava impressionada com sua dedicação e compromisso com a democracia e o futuro de seu país — disse Rice.
A secretária de Estado também ratificou as palavras de Bush de que os autores do crime devem ser levados à Justiça.
— Sem dúvida, os resultados mortais deste ataque porão a toda prova o desejo e a paciência
dos paquistaneses. Pedimos aos paquistaneses, aos
líderes políticos e à sociedade civil que mantenham a calma e trabalhem conjuntamente para construir um futuro mais moderado, pacífico e democrático — concluiu Rice.
A Casa Branca ainda não revelou quem vai representar os Estados Unidos no funeral de Benazir, "já que é cedo demais" para saber como este será. Pouco após o atentado, o Executivo paquistanês decretou três dias de luto pela morte de Bhutto.
Anistia Internacional condena o assassinato
A organização pró-direitos humanos Anistia Internacional (AI) condenou hoje "contundentemente" o assassinato de Benazir.
— Estou comovida ao ver a vida de alguém ser interrompida de uma maneira tão brutal. Ataques desse tipo nunca podem ser justificados — disse Catherine Baber, diretora da AI para a região Ásia-Pacífico, em comunicado divulgado em Londres.
Baber reconhece a "enorme pressão" que recai sobre o presidente paquistanês, Pervez
Musharraf, para "manter o país calmo e estável". A AI pede a Musharraf e
às forças de segurança do país que se contenham e defendam "o império da lei".
— Não se deve permitir que o assassinato de Benazir Bhutto se transforme em um revés para o governo civil e leve a mais medidas contra as liberdades civis — acrescenta Baber.
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