| 28/12/2007 08h07min
Após o assassinato da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, ocorrido na quinta-feira, seguem os protestos no Paquistão. Grupos de simpatizantes do Partido Popular do Paquistão (PPP), liderado por Benazir, promoveram distúrbios em vários pontos do país. Morreram pelo menos mais 14 pessoas. As tropas paramilitares receberam a ordem de abrir fogo em Karachi, no sul do Paquistão, para reprimir a onda de violência. Cerca de16 mil homens foram mobilizados na província meridional de Sind.
Segundo o canal de TV paquistanês Dawn, os simpatizantes da líder de oposição formaram bloqueios nas estradas e colocaram fogo em edifícios e carros. Multidões incendiaram duas agências bancárias e uma prisão da cidade de Thatta, no sul do país, deixando escapar os presos. Na cidade de Karachi, reduto do PPP, também no sul, as instituições financeiras permaneceram fechadas.
— Nossa gente está protestando nas ruas — confirmou o secretário-geral do PPP na região de Punjab, Ghulam
Abbas, visivelmente afetado
pela morte da líder.
— Ela era uma mulher de ferro, que tinha anunciado mil vezes que a matariam. Foi um ataque contra o Paquistão — acrescentou.
A ex-primeira-ministra será enterrada nesta sexta-feira no sul do Paquistão. As forças de segurança se encontram em estado de alerta e temem novos atos de violência.
A líder do PPP estava em plena campanha para as eleições de 8 de janeiro. Ela havia voltado ao país há 71 dias e tinha saído ilesa de um primeiro atentado no dia de seu retorno do exílio. O presidente paquistanês, Pervez Musharraf, decretou três dias de luto pela morte da primeira mulher a ser primeira-ministra de um país muçulmano. O PPP também declarou 40 dias de luto no país, disse um porta-voz da legenda.
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