| 29/12/2007 00h58min
A frota venezuelana que vai recolher os três seqüestrados a serem libertados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) já chegaram à cidade colombiana de Villavicencio, de onde partirão neste sábado rumo a um ponto indicado pela guerrilha para encontrar os reféns.
Os dois helicópteros MI-17 levam os símbolos da Cruz Vermelha Internacional. Eles aterrissaram ao entardecer desta sexta-feira no aeroporto Vanguardia, na capital do departamento de Meta. A cidade foi escolhida como base para a operação em solo colombiano por sua proximidade com as selvas do sudeste do país.
A bordo, além da tripulação, estavam o vice-chanceler venezuelano para a América Latina e o Caribe, Rodolfo Sanz, e dois funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), um francês e um
espanhol. Sanz se reuniu com o comissário para a Paz do Governo colombiano, Luis Carlos Restrepo. Os dois acertaram os detalhes da segunda fase da operação humanitária, que
começará neste sábado. Os dois não
revelaram detalhes do plano.
Espera-se que as Farc entreguem as coordenadas do lugar onde serão libertados a ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas, seu filho Emmanuel, nascido em cativeiro, e a ex-parlamentar Consuelo González de Perdomo. Os três serão entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha e ao governo da Venezuela.
A operação envolve fiadores de sete países: Brasil, Argentina, Bolívia, Cuba, Equador, França e Suíça. Eles chegarão à Colômbia também neste sábado, a bordo de aviões venezuelanos.
Reféns devem ser
recebidos por Chávez
A segunda fase será coordenada pelo CICV, que receberá todas as facilidades para que a operação de recepção dos seqüestrados seja bem sucedida, disse Restrepo. Ele confirmou que os helicópteros com os reféns seguiriam diretamente para a Venezuela após o resgate, para serem recebidos pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Clara Rojas e a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, que
também tem nacionalidade francesa, foram seqüestradas em fevereiro de 2002. Consuelo está em cativeiro há pouco mais de seis anos.
A segurança no aeroporto de Villavicencio foi reforçada. O sistema hospitalar da cidade e o de dois municípios vizinhos, Restrepo e Acácias, estão em alerta amarelo.
A Defesa Civil colombiana informou que cerca de cem socorristas indígenas que conhecem as selvas do sudeste colombiano poderiam ajudar na operação. O chefe do serviço do departamento de Meta, coronel Jorge Díaz Martínez, ativou o Grupo Aéreo de Resgate. O grupo, que conta com um helicóptero de apoio UH-60, é integrado por 12 voluntários, entre eles médicos e especialistas em resgates.
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