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 | 13/01/2008 18h49min

Piedad Córdoba diz que Farc devem ser tratadas como grupo político

Segundo a ex-parlamentar, o novo tratamento levaria à libertação de 700 reféns

A senadora colombiana Piedad Córdoba, de oposição, disse hoje que Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são um exército e devem ser tratados como grupo político que esse reconhecimento levaria à libertação dos cerca de 700 reféns em poder da guerrilha.

Em entrevista concedida em Caracas ao programa "As vozes do seqüestro" da "Caracol Radio", afirmou que é preciso entender "que efetivamente as Farc são um Exército, são uma realidade política".

Essas duas condições, de acordo com a senadora, não podem ser esquecidas. Se isso acontecer, "não vamos conseguir o que queremos, que é a libertação de todos os companheiros".

Dos cerca de 730 seqüestrados em poder da guerrilha, 44 são considerados pela organização "passíveis de troca" por 500 integrantes presos em cadeias colombianas e do exterior.

A senadora disse que trabalha para conseguir que os três correios humanos presos em Bogotá, que levavam provas de sobrevivência de 16 seqüestrados do grupo de "passíveis de troca", tenham um devido processo judicial e fiquem livres, porque, disse, tinham autorização governamental.

Essas provas, manifestou, "permitiram sensibilizar o povo e o mundo frente à situação dos que estão em poder das Farc", e graças a isso, e à "decisão unilateral das Farc", Clara Rojas e Consuelo González foram libertadas na última quinta-feira.

Córdoba pediu mais gestos unilaterais da organização armada ilegal para que liberte todos os civis em seu poder e que seja feito um acordo humanitário para soltar os militares e policiais reféns do grupo.

— Nós podemos trabalhar com vocês - as Farc - a possibilidade da entrega de todos os civis e fazer o acordo humanitário com os soldados e os policiais", afirmou a senadora.

Pediu ainda aos chefes das Farc "Raúl (Reyes) ou Ivan (Márquez) os nomes dos guerrilheiros que eles acham devem sair das prisões pelo acordo humanitário".

EFE
 
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