| 18/01/2008 14h46min
O presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, descartou ontem a tese de que os mercados emergentes estão "descolados" dos Estados Unidos e previu que a desaceleração da economia americana terá, conseqüentemente, impacto global. Em evento patrocinado pelo Clube Econômico de Washington, ele respondeu perguntas e reconheceu que os mercados emergentes tiveram desempenho melhor que o esperado em meio à crise global de crédito, mas disse também que as perspectivas continuam incertas.
— Acredito que terá impacto — afirmou, em referência à desaceleração nos EUA, dizendo, por outro lado, que o forte crescimento da China e da Índia são sinais de que a globalização está mudando as interconexões entre as economias: — O mundo não está descolado, mas acredito que provavelmente continuaremos vendo crescimento no mundo em desenvolvimento mesmo com algumas incertezas no mercado nos EUA.
Quando questionado sobre os recentes problemas no Bird — o ex-presidente do banco, Paul
Wolfowitz, deixou o cargo
no ano passado após controvérsia que envolvia sua namorada —, Zoellick disse que a instituição está no caminho de recuperação da credibilidade. Mas acrescentou que as pessoas "não devem subestimar as dificuldades daquele período de revolta".
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