| 22/01/2008 10h20min
O investidor americano George Soros considera que a atual crise financeira, refletida nas fortes quedas das bolsas internacionais, é muito pior do que qualquer outra registrada desde a II Guerra Mundial. Em uma entrevista ao jornal Der Standard, o multimilionário de origem húngara afirma que os Estados Unidos estão ameaçados por uma recessão que pode contagiar a Europa, embora isso não seja compreendido assim no Velho Continente.
Segundo o investidor, o pacote de medidas fiscais proposto recentemente pelo presidente americano, George W. Bush, com um alcance de US$ 150 bilhões para aquecer a economia, tem pouco sentido. Soros disse que a situação das finanças internacionais é complicada, entre outras razões, devido a mal-entendidos pelos quais a política se deixou levar nos últimos anos, já que a mesma caiu no que define como "fundamentalismo do mercado".
Acrescentou que o erro parte da crença de que os mercados financeiros tendem a compensar os desequilíbrios que
surgem nas finanças, o que —
segundo ele — é falso, e esta é a razão pela qual existe agora uma crise financeira.
O investidor afirmou que todos os países europeus estão ameaçados pela atual crise financeira, mas em diferentes medidas, e deu como exemplo de uma situação privilegiada a Áustria, porque esta se beneficiou da expansão ao Leste Europeu.
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