| 25/01/2008 16h50min
As forças de segurança israelenses temem que milicianos de Gaza tenham aproveitado a multidão que entrou no Egito, nos dois últimos dias, para ficar no país vizinho e, dali, se infiltrarem para atacar em Israel. O Exército notificou ontem à noite o aumento do nível de alerta ao longo da fronteira entre os dois países. Entre as medidas aprovadas, estão o fechamento da estrada que liga a Faixa de Gaza à cidade israelense de Eilat — paralela à fronteira egípcia — e o início de uma campanha de informação sobre segurança às comunidades do oeste do deserto do Neguev.
Milhares de palestinos fugiram desde quarta-feira de Gaza rumo ao Egito — após a derrubada da barreira fronteiriça —, em sua maioria para comprar comida e combustível, receber atendimento médico ou visitar familiares. Apesar do anúncio de que fechariam o acesso, as forças de segurança egípcias se retiraram nesta tarde da fronteira entre os dois territórios, diante da impossibilidade de conter a multidão de palestinos que ainda
deixa a Faixa
de Gaza.
Fontes da segurança israelenses citadas na edição desta sexta-feira do jornal Haaretz indicam que diversas milícias palestinas aproveitaram a situação para enviar, nas últimas 48 horas, um grande número de ativistas à península egípcia do Sinai para que realizem atentados em Israel. O Serviço de Segurança Interna, o Shin Bet, contabilizou 11 ameaças ativas de ações terroristas, em sua maioria de ativistas que cruzaram o Sinai, enquanto a polícia contabiliza 15 ameaças.
O ministro de Segurança Pública israelense, Avi Dichter, manifestou ontem seu temor de que grupos terroristas empreguem migrantes africanos ou contrabandistas como "missão avançada", para provar o nível de controle na vigiada fronteira. Também ontem, o escritório antiterrorismo israelense pediu a todos os habitantes presentes no Sinai que retornem imediatamente ao país, por existir um risco elevado e concreto de seqüestro, quando poderiam ser levados a Gaza.
— A derrubada da fronteira entre Gaza e o
Sinai facilitou a entrada dos terroristas na Faixa. Houve ameaças substanciais contra a segurança dos israelenses que estejam a passeio ou morando no Egito — indicou o órgão através de um anúncio. Sinai é destino de férias freqüente entre os israelenses.
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