| 25/01/2008 10h13min
A entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza continua bloqueada por Israel, afirmou hoje uma representante da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), que alertou que a falta de combustível para a geração de eletricidade poderia provocar "uma crise" hoje mesmo.
A porta-voz da UNRWA, Elena Mancusi Materi, detalhou que os cruzamentos fronteiriços de Rafah, Karni e Kerem Shalom estão fechados, este último por razões de segurança que não foram especificadas. Ela ainda disse ter conhecimento de que o bloqueio continuará hoje e que não há confirmação de que será aberto na segunda-feira. Materi disse que, entre os dias 18 e 24 deste mês, Israel só autorizou a transferência de 94 casos urgentes da Faixa de Gaza à Cisjordânia, e que há relatórios de pacientes moribundos nos cruzamentos de fronteira, nos hospitais ou em suas casas que esperam uma permissão.
Sobre a entrada de ajuda à Faixa de Gaza, a porta-voz da UNRWA detalhou que os cruzamentos
fronteiriços de Rafah,
Karni e Kerem Shalom estão fechados, este último por razões de segurança que não foram especificadas. Sobre outras entradas a Gaza, disse que a passagem de Erez só está aberta para estrangeiros e palestinos para os quais houve uma coordenação especial, enquanto a de Shufa esteve aberta ontem só para receber uma doação da Jordânia, mas que não foi permitida a entrada de artigos humanitários.
A porta-voz revelou que, apesar de as autoridades israelenses terem afirmado que permitiriam a entrada de combustível, a quantidade autorizada foi significativamente inferior à prevista. Materi denunciou que novos procedimentos israelenses estão significando prolongadas revisões adicionais de mantimentos, especialmente dos caminhões com açúcar e farinha, o que prejudica ainda mais o trabalho da agência. Sobre a situação diária da população, disse que o acesso à água corrente é muito problemático para quase metade das famílias, porque a voltagem é insuficiente para fazer funcionar as bombas elétricas.
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Devemos lembrar que se impõe estas dificuldades a uma população onde 35% vivem com menos de US$ 2 por dia e 90% dos estabelecimentos industriais estão fechados desde junho passado — afirmou.
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